18 outubro 2008

Tempestade

É uma perfeitíssima onomatopeia a palavra ribombar !
Pouco depois de termos almoçado, um acastelado de nuvens de vários tons de cinzento atirou-se a outros mais que andavam um pouco desnorteados por estes céus e, oh deuses das tempestades !, ribombou estrondosamente sobre as nossas cabeças, desfazendo-se imediatamente e sem aviso numa chuva de granizo, a maior que já me foi dado ver... Eram pequenos ovinhos de codorniz a despenhar-se furiosamente contra as nossas vidraças e a cobrir, num abrir e fechar de olhos, o asfalto da avenida, os capots dos automóveis, os toldos e carreiros dos jardins, os vasos das varandas... Tudo rápido e violentíssimo. Quando finalmente só ficou a chuva, havia um rio a correr nas bermas da avenida, depósitos de neve, muito alvos e impolutos, por todas as superfícies mais côncavas e milhares de folhas, folhinhas e raminhos a juncarem tudo quanto era chão. Pobres plantinhas mais frágeis parecem agora feridos de guerra !
Admirável Natureza que em momentos apenas pode destruir... talvez o Universo ! ! !
Sem que o Homem tenha tempo nem para dizer ai...
Perceberemos quanta inutilidade em toda a nossa vaidade ?

2 comentários:

Anónimo disse...

Aqui de Vale de Lobos, não dei por este ribombar... chovia sim, mas com o sol por detrás como quem quem apenas quer lavar a poluição do ar e preparar o mundo para um ambiente mais puro...

Estava a ouvir as noticias... descrevendo esta tempestade devastadora, quando resolvi visitar o seu blog...

Como é possivel tão proximo e a sentir dois estados tão diferentes...???

um beijo amigo
Vera

Joana disse...

Levamos porventura demasiado tempo a perceber... Quando realizamos, por vezes, é já demasiado tarde... tristes idiossincracias nossas!

Jinhos.