12 outubro 2008

A Crise

Passei, passámos todos uma semana de graves preocupações com o torrencial desabar de notícias em que todos os agentes noticiosos pareciam desafiar-se uns aos outros sobre a maneira mais dura de nos transmitirem que estamos, nós,pessoas, e país, a chegar à beira da penúria, porque uma complicada engrenagem bancária, envolvente de todo este nosso Mundo tinha de repente deixado que se soubesse que não havia mais dinheiro em parte alguma. Viver sem dinheiro foi coisa que ninguém nos ensinou e por isso ficámos todos a pensar que seria urgente desenvolvermos o primitivo sistema de trocas , coisa que também não se pode montar sem haver QUE trocar e o Mundo já está quase exaurido em dádivas generosas de produtos seus com os quais nós,homens, iamos fazendo dinheiro... Então, prometem-nos os apavorados governos, vamos ter que nos safar, que se me desculpe a expressão, mas é o que na realidade nos é dito . E é cada um por si, não há cá solidariedades para ninguém, porque, se isso foi o que resolveram para si mesmos os Governantes que já conversaram uns com os outros, isso é o que os governos vão ter que dizer aos governados.Suponho que ningém estava à espera de que houvesse governos-fadas, mas o de que ninguém estava à espera certamente era de que, por uso e abuso de políticas mal conduzidas e mal aplicadas, por uso e abuso da permissividade nos consumos das diferentes classes sociais, se atingisse um fundo tão fundo que agora ninguém sabe se se pode emergir ou como se pode emergir...
Espantosamente àqueles que temos a Graça de ter FÉ, as Escrituras vêm tanta vez lembrar-nos que somos povo de Deus e que dessa realidade emana sempre uma razão de Esperança !...
Neste ano dedicado a meditar S.Paulo, são lidas em cada missa passagens das suas cartas cheias daquele fervor que é apanágio dos convertidos. Pois na missa de hoje, na sua Carta aos Filipenses, dizia SÃO PAULO:
Sei viver modestamente e sei viver na abundância.Em todo o tempo e em todas as estações.Estou preparado para comer com fartura e para passar fome, para viver na abundância ou viver na penúria. Tudo posso por Cristo, que me dá força. ...o meu Deus há-de plenamente prover a todas as vossas necessidades, segundo a Sua riqueza, de maneira maravilhosa, em Cristo Jesus...
É assim com o respaldo das minhas convicções, com o conforto de coincidências como a desta Carta, (logo hoje) que eu consigo encontrar razões de esperança e sou capaz de tentar entrar nesse jogo político do cada um por si... Infelizmente não apenas político !

1 comentário:

Joana disse...

Exactamente! Ontem de manhã, quando as ouvi, também associei as palavras de São Paulo a estes tempos difíceis que parece que espreitam.

Jinhos.