24 novembro 2007

Proximo ADVENTO

Eis senão quando...apercebi-me de que o mês de Novembro tinha voado. O domingo do próximo fim-de-semana já será o primeiro domingo do Advento. E,havendo para mim partes do ano em que o gosto de viver se me torna mais intenso, o Advento é uma delas. A primeira. A outra, a segunda, é a que abrange as doçuras dos fins de tarde de Outubro e os nevoeiros sobre os velhos plátanos dourados de Novembro. Não me sinto harmoniosamente viva em mais nenhuma outra época do ano. Todo o ADVENTO me permite ainda hoje esperar. Aquelas brincadeiras de adolescentes dos ela ainda acredita no PAI NATAL ! ,assentar-me-iam como uma luva,porque SIM, acredito no sonho, acredito com toda a força da minha alma nas imensas perspectivas que se abrem para alguma vez...acredito na FÉ( isto é,será?,um pleonasmo). E cheiro, saboreio, quase apalpo este fluido de mistério que a minha sensibilidade capta nesta época.Não tem nada que ver com esse turbilhão das cidades, com essa loucura de trocar presentes ao desafio,com essas ostentações de roupa nova, com essa afronta das comezainas... É tudo entre mim e mim mesma.Será porque tenho de Deus muito, dentro de mim.?E há cânticos e encantamentos inesperados...E os silêncios parece que nos roçam pela pele com farrapos de lembranças...E às vezes surge um amigo que vem dos longes de não nos vermos nunca e iluminam-se uma data de mais esperanças...No friosinho entre murmúrios duma ida à MISSA do GALO começa o fim do encantamento. Quando vem o Dia de Natal é como noutros tempos entrar nos luxos BARROCOS.
Vou então acender as quatro velas, aligeirar tudo o que me é obrigatório,libertar-me para este mistério e vivê-lo com todas as minhas forças !

11 novembro 2007

Guiness book

Hoje foi São Martinho.
Nem castanhas,
Nem vinho,
Nem meia capa do Santo,
Nas formas habituais...
Já não há frio, parece,
porque os verões,agora,
são globais...
Quem lembra essas coisas esquece
e não entra mais
na História..
Lenda mesmo é o meu espanto:
Um São Martinho em GUINESS ? ? ?...

04 novembro 2007

Do jornal agora

Mais uma vez feriados encostados a fins de semana e alongados com "pontes"... Os portugueses, em Portugal, sempre tiveram pouca consciência de que, a produzir, a trabalhar cada um naquilo que melhor sabe fazer, engrandeceriam o seu país sem precisarem de grandes esfalfamentos.O sonho de uma vida de reformados ricos sempre pairou nas ambições de quaisquer trabalhadores que conheci ou de que ouvi falar. A juntar a este sonho, surgiu, creio que por volta dos anos sessenta, a verdadeira fixação dos portugueses pelas idas à praia mais ou menos durante todo o ano, mesmo que faça algum frio e mesmo que "a praia" não exista ali ao virar da esquina. A Serra, o pinhal, o "campo" deixaram de ser atractivos, vá-se lá saber porquê...

E esta atracção por tais padrões de vida, não fazendo muito alarido, acabou por influenciar um sem número de coisas da nossa vida quotidiana, descaracterizando um modo português de viver, tornando-o híbrido, imitativo e despesista.

Tudo isto me ocorreu a partir desta extraordinária maratona que consiste em ler os jornais de fim de semana. São quilos e quilos de papel, repositórios de um sem número de separatas, umas mais publicitárias que outras, tentando todas captivar a atenção do leitor que, provavelmente, já não se sentirá tão atraído pelas notícias, uma vez que elas já nem sequer desenvolvem as que a TV vai debitando durante a semana, provenientes que são, todas das mesmas agências noticiosas . No meio de cada feriado e ponte que proliferam na nossa terra, é sem dúvida uma árdua tarefa esta de ler os jornais. E o tempo escorre veloz, mesmo que só façamos leituras oblíquas para "escolher" o que ali vem que nos interessa ou convem ler. Lá se vão algumas páginas de um bom livro que teríamos podido estar a ler, não fosse o desejarmos ficar ao corrente do que de mais actual vai por aí, pelos arredores das nossas frustrações.

E como parece que o que vem nos jornais é que importa, "pensaram"as cabeças pensantes( que decidem o que, de futuro, todo o português deve saber), que há que dar lições de jornalismo aos jovens que, na escola, ainda mal sabem distinguir a prosa da poesia...
Ensina-se-lhes o quê,como,onde e porquê e depois dá-se-lhes, como trabalhos de casa ou testes para nota, a fabricação de notícias com obediência a todas as regras adjacentes.

É conhecida a relutância que os nossos rapazes e raparigas têm pela leitura de qualquer livro e então estimulam-se na exploração da literatura jornalística. Daqui a distinguirem um "Editorial" de uma "Crónica" e a analisarem uma" Entrevista"vai toda uma panóplia de conhecimentos que eu não sei quantos deles irão mais tarde sequer recordar, quanto mais utilizar...

E não posso deixar de perguntar-me : Que haverá de inconveniente nos nossos maravilhosos escritores? Esta cultura de feriados e pontes estará também a roubar-nos o tempo para eles até que os vamos deixando cair?...



...

.

02 novembro 2007

O dia de todas as memórias


FLORES para todos os que amei e hei-de amar...

E agora sei que está nesse amor a eternidade...

01 novembro 2007

Dia de todos os santos

"Felizes os obreiros da paz, porque hão-de chamar-se filhos de Deus "