Era límpida a luz
derramada,sem mancha,
sobre as vagas inquietas
a espumar, a escorrer sobre a areia.
Era princípio ainda;
do dia impuro nada se sabia.
Havia apenas, amplo,iniciático.
o lugar para os sonhos de partida...
Se chegava a ouvir-se o canto da sereia,
ou se apenas o som cavo, enigmático,
das grutas onde nasce a maresia,
quem podia saber ?Quem poderia ?
Misteriosamente
abriam-se horizontes
entre reminiscências de passado...
No ar, repercutia
um murmúrio salgado e insistente
apenas a lembrar.nos que existia
o areal, a praia, o MUNDO de SOPHIA !
do meu livro Sinestesias
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