23 maio 2010

Pentecostes

Das coisas que mais me foram difíceis de adoptar enquanto menina de catequese foi esta percepção de uma abstracção tão poderosa que consegue, além de ser o elo de união entre o PAI e o FILHO, o é também entre ELES e nós, a presença dELES em nós. E depois acabei por entender chamar-lhe AMOR, não conseguindo agora já lembrar-me se isto foi descoberta minha ou se fui conduzida até aí. Com o amadurecer da Vida e com oconhecimento sempre mais aprofundado das leituras bíblicas e suas correlativas, o Espírito Santo foi ganhando um lugar cada vez mais importante na constituição da minha Fé.
E é por isso que a sua celebração no dia de hoje me põe tão feliz.
Cinquenta dias depois da Ressurreição, os Apóstolos recebem o que lhes havia sido prometido, o paráclito, a garantia da união, o respaldo para as suas acções daí por diante.Agora já não encontro aqui aquele inefável e poético espírito de Deus que pairava sobre as águas dos dias da Criação. Fui-me habituando a pensar na pomba branca de um Jesus catecúmeno e eis que o Pentecostes me traz as pequenas línguas de fogo individuais. É um crescendo deliberado de aproximação a uma representação material mais assertiva e actuante... Que nós humanos vamos recebendo e transformando numa mistura a que só sabemos chamar AMOR. Com todos os seus dons, se tivéssemos a Graça de possui-los todos, seríamos as criaturas de Deus mais dignas de ser amadas... Acredito que o ESPÍRITO SANTO zela por isso !

1 comentário:

Chardie B. disse...

paz isso que senti ao visitar seu blog
parabéns