Uma pessoa amiga enviou-me um e-mail com um verdadeiramente admirável documentário sobre esta deslumbrante obra no DUBAI. Trata-se do único ( ? ) hotel de 7 estrelas do mundo e se acaso por lá "passarmos", só para o visitar, teremos que pagar 60 euros... O resto é o chamado luxo oriental.As salas, salões e salinhas, os quartos, as suites, os bares ,as piscinas... É tudo para os gostos de pessoas que certamente condizem com aquilo, em género e número.
E, nem eu sei porquê, veio-me à memória uma pequena mas atribulada viagem das que fiz ,em serviço, ao LUXEMBURGO. O meu voo ia a FRANKFURT e lá apanhava a ligação para o Luxemburgo. Tudo estava calculado ao minuto para que chegasse ao hotel à hora certa de,arranjada e perfumada, me incluir no grupo que acompanharia o nosso ministro, que chegara de manhã ao hotel, para irmos a um importante jantar na nossa embaixada. Aconteceu que, de pequenos atrasos em pequenos atrasos, cheguei a Frankfurt quando o meu avião para o Luxemburgo, estando ainda na pista, já tinha fechado as portas e se preperava para começar a rolar ...Originou-se um espantoso movimento em todos aqueles serviços, porque era uma pessoa e a sua bagagem que era forçoso meter naquele avião.Tudo em movimento, de mim só se exigia que corresse desde o balcão da chegada, até à porta daquela saída...Era uma lonjura ! E eu corri. Creio que corri ali tudo o que tinha que correr para o resto da minha vida ! Mas ( e aqui me surge o Hotel do DUBAI ) o que vou encontrar numa zona daquela minha pista de corrida ? Talvez umas duas dezenas de cidadãos árabes, alguns agarrados às suas contas de rezar, com as suas características roupas claras e turbantes,dormindo profundamente,espalhados por todo aquele chão !!! Era, para quem queria passar, um verdadeiro campo de obstáculos, só se podendo avançar saltando por cima de um e outro e outro corpo...E foi o que eu fiz, meu Deus, tão aflita ! Convém que diga que cheguei ao jantar importante já sózinha porque,é claro, o senhor ministro não iria chegar atrasado por causa de um dos seus elementos de équipe, que não fui lá muito perfumada, que não usei o vestido que levara para aquele fim, mas que ainda cheguei a tempo de tomar um qualquer aperitivo antes de irmos todos para a mesa...! Sonhei depois que o ministro e o embaixador estavam a dormir no chão da embaixada e todos à volta, vestidos de árabes, falavam baixinho uns com os outros...Penso que ,no meu sonho , eu já nem existia...
1 comentário:
Fez-me rir. :)
Também eu já corri assim, tanto, tanto, tanto, para apanhar um avião lá nos confins do Charles de Gaulle... e consegui (!) - não havia árabes pelo caminho: deviam estar todos a deter, sabe-se lá como, as minhas malas que não tiveram pernas para chegar ao porão do avião. Aproveitaram elas a cidade-luz mais uns dias...
Jinhos.
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