03 julho 2009

Linguagem gestual

Em nove de Junho houve eleições para o Parlamento Europeu e recordo como me desconsolou verificar quanto está a murchar o interesse das pessoas por aquilo que tanto me empolgou quando eu, jovem, universitária e optimista,sonhava para um meu futuro. Não sei se era por causa do estudo dos Gregos ou se era por causa das tertúlias de corredor com os colegas das Filosofias, nós amávamos a DEMOCRACIA.
Foi preciso que désse tempo ao tempo de crescer para conhecer como era realmente o objecto desse amor.
E agora,que até temos um Parlamento e tudo, que passámos todos por tantas vicissitudes, uma bela manhã acordamos com vontade de ir lá, à matrix da nossa democracia para assistir de perto, (porque temos direito a fazê -lo), àquela coisa tão digna como é gerar as leis para as quais nós todos contribuimos um poucochinho (para isso elegemos deputados) , e acontece estar lá, na bancada ministerial ,um senhor que, estando as leis já todas feitas, se zanga porque o seu ouvido captou um àparte de que não gostou,e, como um miúdo da rua, exterioriza em gestos indecorosos o que não teve fôlego( ou honorabilidade?) para verbalizar.Oh! Um Oh! geral...
Então como é que fica este nosso sonho dos vinte anos?
Só se o elanguescer desta planta tão delicada quando há eleições?
E até onde é que isso pode levar um país? que até poderá ter ainda mais sonhadores que os da minha geração...e que não usem linguagem gestual de tão baixa categoria...

1 comentário:

Rita Lapas disse...

Pois é Tia Lourdes, foi uma vergonha o que se passou ontem na Assembleia e para pessoas, como a Tia Lourdes, que tanto se empenhou para que a DEMOCRACIA fosse possível neste cantinho da Europa a indignação é maior. O Manelinho deixou o "chefe" muito fragilizado...