06 dezembro 2008

Grupos e solistas - músicas novas

É impossível não reportar ao Natal todas as coisas em que nos vamos envolvendo por esta época, de tal maneira ela é marcante na nossa vida de cristãos. Mas infelizmente - principalmente( não, não é escorregadela gramatical, é intencional ) porque é insistentíssima a pressão exercida sobre nós pela propaganda comercial através de todo e qualquer meio de comunicação social, de todo e qualquer meio, diria mesmo. E assim acontece que façamos nós o que fizermos, comer, beber, lavar, vestir, calçar, encontrar amigos, arranjar a casa e por aí fora, sempre nos surge a sugestão de não esquecer a época, trazida pelas maneiras mais inesperadas e tentando arrastar-nos para as mais inesperadas manifestações de uma alegria que não tem nenhuma correspondência afectiva ou emocional.No meu último post deste blog eu estava até demasiado amarga, por causa disto. Mas, a verdade é que estou cá e não posso ou não sei fugir da onda. Como pensei em comprar para oferecer alguma música, lembrei-me de me actualizar ouvindo e vendo um programa na TV que me disseram fazer semanalmente a recensão das últimas novidades, apresentando um pouco do seu aspecto e relativizando o valor que umas e outras têm.
Vi e até foi uma óptima ajuda. O que fiquei foi impressionada com as espantosas formas de se apresentarem de alguns daqueles intérpretes. Pareceu-me que quanto mais célebres, mais horrorosamente trajados e pintados e penteados gostam de se mostrar... Tendo a idade que tenho, assisti ao aparecimento dos BEATLES pelos quais fui logo cativada e lembro-me bem do azedume com que as pessoas mais velhas falavam das suas cabeleiras...Que diriam se vissem agora alguns bandos de esfarrapados ou semi-nus com umas cabeças envoltas numas massas para as quais só acho bom o termo francês tignasse? Felizmente que nem todos iam por esses lados nas suas formas de afirmação ! Por exemplo: uma lindíssima Fátima Guerreiro, usando um belo vestido preto e enfeitada com aqueles famosos ouros das raparigas de Viana do Castelo.Que bonito tudo ! A sua voz, o Fado, tudo... Que nunca fui uma grande apreciadora de fados ! No entanto até verifico que o Fado que cantam agora é mais poesia cantada do que outra coisa.
É bom que a informação sirva mesmo para nos informar.

1 comentário:

Joana disse...

Estar in- (no sentido de por dentro de qualquer) -forma (de qualquer coisa) é sempre bom. Útil. Por vezes até agradável. É da maneira que podemos (ou não) fazer nossa essa mesma coisa, não é?

Relativamente à apresentação, parece-me que o grande problema é hoje ninguém se querer apresentar, há muito medo, de tudo, até de si próprio, pelo que é mais fácil entrar chocando, do que propriamente se apresentando. (Este gerúndio agora saiu muito madeirense!...)

Jinhos.