25 abril 2013

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Amores Perfeitos, legenda da imagem e título do post que eu hoje quero aqui deixar.
Porque de amores perfeitos foi preenchida esta minha semana. De datas, quem me conhece sabe como elas pululam na minha memória, seja isso um dote natural, ou seja um vulgaríssimo hábito de memorização. Eu guardei talvez demais os acontecimentos maiores ou menores da minha longa  vida, de mistura com as pessoas e as coisas e  os sentimentos que foram ficando ligados a todos os bons e os maus momentos,( erros meus incluídos) e criei assim uma cadeia de elos  a que as datas deram suporte, sem que para isso entrasse algum esforço meu.  Amei apaixonadamente e fui amada, e desse amor total, como poderia não vir ainda agora a quase vivenciar, na longa viuvez, recordações de  cada minuto, cada hora ?  Tive amizades tão particularmente amigas, tão características algumas, tão "ácidas" outras, tão bondosas e atentas e "presentes" sempre que preciso (como adivinhariam ás vezes ?)  tão "úteis" e valiosas todas, que me habituei a ter sempre a vontade de as ter por perto, para poder ter o gozo incomparável do seu abraço do seu conselho, do seu apoio. Como não reviver tantos momentos de paz e não ter-lhes uma gratidão sempre viva ?
E foi que este mês de Abril me trouxe o número maior de revivescências desses amores e amigos, maior,  porque nem sempre assim é. Mas às vezes salienta-se o recordar por um" qualquer coisa" que nem sei bem explicar. Ou sei. E agora foi o caso da linda festa com que os filhos quiseram homenagear os setenta anos de sua Mãe, uma amiga que conheci menininha...Cujos pais figuram no rol  dos amigos que referi... Fui professora de filhos e netos e de tal modo nos ligámos todos que hoje eu até me sinto" da família" a ponto de neles e por eles `já me ter acontecido nascer a incontida lágrima...
Uma lágrima de mistura com uma doce sensação de gratidão...Logo no dia a seguir á doçura da Festa, este sobressalto, esta excitante amálgama de recordações do 25 de Abril e
 tudo e todos   aí a me reintroduzirem  na dor da perda do meu tão amado marido, na lembrança de cada palavra dita, de cada sonho a par dos meus sonhos que julgávamos e queríamos realizáveis...E afinal, com o amor, perdidos para todo o sempre...
Denso sim, este pedaço do Abril de agora .
Não tivesse eu Amores Perfeitos em vez dos cravos tão habituais, como suportaria toda esta "densidade"?

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