13 novembro 2011

Os talentos e a preguiça

Logo agora que não deve haver nenhum português consciente que não esteja a pôr a si próprio a vontade de resolver o problema"" o capital versus o social, ""todos com a cabeça a latejar pelo extenuante ruido das respectiva demonstrações valorizadoras que nos assediam e pretendem assustar, logo agora, dizia eu, traz-nos a liturgia uma parábola contada por São Mateus cuja "moralidade" é, nem mais, nem menos : a todo aquele que tem dar-se-á de sobejo e àquele que não tem até o que tem lhe será tirado. Ao servo inútil lançai-o às trevas...... aí haverá pranto e ranger de dentes .Uma vez mais me choca a dureza que os evangelistas colocam nas atitudes e nas falas de Jesus . Como diria alguém noutros a-propósitos, este não é o meu Jesus.Contudo foi-me feito entender que o que na verdade é aqui posto em destaque é o quanto somos obrigados a não "adormecer" sobre os talentos que nos foram atribuidos pelo Senhor nosso Deus, como qualidades inatas, capacidades úteis, não as enterrando para não se perderem, como fez o desgraçado da parábola. Entendo, mas fico-me numa atitude de discordãncia quanto ao não se cuidar zelosamente em explicar muito, em profundidade e em extensão, o que a nossa amorosa compreensão de Jesus nos permite colher desta "moralidade", pois com tanto ressentimento à flor da pele como agora a época política está estimulando, torna-se perigosíssima a não compreensão do« pranto e ranger de dentes» daqueles que não souberem fazer render as excelsas qualidades que Deus lhes deu...Será bom que todos os cristãos COMPREENDAM que não é próprio da sua fé ser preguiçoso...

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