Era uma pessoa extraordinariamente introvertida, prova quase sempre de uma inteligência lúcida, como tenho podido constatar na minha experiência de vida. Essa sua lucidez tomava uma certa forma de pudor com que nos abordava, não sendo mais do que o enorme respeito com que cada ser humano era por si encarado. Tímido, dizia-se. Distante, dizia-se também.Mas quando entre si e o outro se abria qualquer espaço de afinidade, intelectual, sentimental, carinhosa mesmo, premiava-nos com um sorriso tão pleno,tão quase doce,quase ingénuo na sua genuinidade , que ali mesmo nascia toda a nossa vontade de confiar. Era vê-lo com as crianças ...Não havia como não adivinhar toda a sua sensibilidade. E como se enternecia no reconhecimento de fragilidades nossas que não sabíamos vencer...
Foi este o Homem, o Sacerdote, que agora perdemos. Professor, doutor, engenheiro,filósofo, pensador... conselheiro e...humilde.
Padre João Resina.
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