27 junho 2010
Exigência
Algumas ausências nas minhas considerações de domingo não significam senão falta de tempo e nunca falta de missa. Agora é tempo de férias. Tenho uma amiga que anda em plena ultimação da sua tese de doutoramento e quase desapareceu do seu blog, mas escreveu nele a frase «outras escritas» o que eu achei uma excelente justificação/explicação. Acontece que também eu ando noutras escritas, não de doutoramento, mas trabalhosas. E só tenho que pedir a Deus que me vá ajudando, permitindo que eu faça um bom uso desta liberdade que me é oferecida pelas férias e de que tanto se ocupa São Paulo hoje, na sua Carta aos Gálatas. Não passa sequer pela minha cabeça entrar no grupo daqueles de que São Paulo diz « se vos mordeis e devorais mutuamente, tomai cuidado em não vos destruirdes uns aos outros». Esta é, está sendo infelizmente, uma realidade dos nossos dias, mas há para nós a escolha de nos deixarmos«conduzir pelo espírito» e é certamente por aí que iremos. Mesmo que nos venha a acontecer como São Lucas nos conta neste Evangelho que aconteceu a Jesus: ser rejeitados. Como aí vemos, não só os Samaritanos o não quiseram receber, como outros a quem Jesus convidava para companheiros, se mostraram tão renitentes a deixar as suas rotinas, os seus hábitos, que Jesus não pôde contar com eles. Pensei aqui muito na sempre latente discussão sobre o celibato dos padres...«Quem tiver deitado as mãos à charrua e olhar para trás não serve para o Reino de Deus» são as palavras atribuidas a Jesus então. E guardei da liturgia de hoje uma tensão de exigência que vai acompanhar-me muito tempo.
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