Sendo óbvio que a leitura e releitura dos textos bíblicos, repetidos um sem número de vezes ao longo das nossas vidas,nos traz coisas novas em cada uma delas, aí residindo o mistério da sua credibilidade como palavra de Deus, é também evidente que o nosso estado de espírito ou as circunstãncias de momento nos levam a sermos mais ou menos sensíveis a um ou outro aspecto que nelas reside e se nos torna, de cada vez, com maior ou menor peso proposto á nossa meditação. O belíssimo LIVRO DO GÉNESIS de que hoje foi retirada uma leitura, ao ser acompanhado com o SALMO127(128) e com a conhecida passagem do Evangelho de São Marcos em que os fariseus, conhecedores da posição tomada por Moisés,quiseram mais uma vez "experimentar" Jesus sobre a possibilidade do divórcio no casal, foi, na missa de hoje, direccionado para a exaltação da FAMÍLIA e recordo de como já olhei neste mesmo livro o aspecto da Solidão- disse o Senhor Deus:não convém que o Homem esteja só...
Mas hoje, que as tensões e intenções sociais estão cada vez mais desprestigiando esta complementaridade - osso do meu osso e carne da minha carne - vejo mais nitidamente aquele quadro do Salmo que vê a Mulher como "vinha fecunda" no seio da "casa" e "os filhos como rebentos de oliveira em redor da...mesa" e creio que o Senhor Deus não falaria à toa quando afirmou: o Homem deixará pai e mãe para se unir à sua Mulher e os dois passarão a ser um só.
Visões paradisíacas, ser-me-á apontado por alguns que eu sei... Estamos na época do liberal, do individual, e o núcleo família quanto mais desmultiplicado mais interesses ocasiona. E paradoxalmente nunca se falou tanto em solidariedade...
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