Creio ter já mostrado de muitas maneiras e feitios omeu encanto pelo Antigo Testamento pela quantidade e qualidade da informação que dele retiro para situar-me no tempo e no modo em que, da pureza dos princípios de tudo, à cáustica caracterização dos caracteres humanos, se fez possível e até necessário o aparecimento dos Profetas cuja voz consegue ecoar através e por cima de tantos séculos chegando até nós com a clarividência e actualidade que sempre me deixam fascinada.Mas é da voz grandíloqua de Moisés que ouvimos na primeira leitura da missa de hoje a transmissão da vontade do Senhor, nosso Deus, de que não há que afastar ou pré-condenar aqueles que, não sendo ou nem mesmo sabendo como se é um cristão confesso, pelas suas acções e pelas suas palavras, se colocam, na prática de vida, ao lado dos mais convictos seguidores da Lei de Deus. O mesmo nos repete São Marcos no Evangelho, completando aliás este seu"recado" com aquelas sugestões de amputações, castigo verdadeiro dos que, na prática de vida, ofendam pessoas nas referidas condições. Há uma particular dureza, também revelada na Carta de São Tiago, nestas noções de castigos ou ausência de complacências que me parecem um tanto por fora da misericórdia divina, e por isso é que eu gosto de conhecer os tempos e os modos, como já disse, porque dessa forma fico-me apenas pela enorme gravidade atribuida então aos desvios emergentes, coisa que,na nossa actualidade está a ser cada dia mais subvertida.
Não queria mesmo pensar nestas subversões que todos os dias estamos a ser convidados a aceitar como boas, porque hoje foi politicamente aquele dia de ter fé cívica e acreditar no melhor de cada homem : tiveram lugar as ELEIÇÕES para um novo Governo e eu votei a acreditar que votava para tudo o que pudesse ser melhor para este povo e este país,agora tão sofridos...
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