
Então, foi por isso que também eu tive a sorte de, uma bela manhã (sempre as manhãs !) abrir aquela janelinha de uma casa empinada sobre a falésia e ver, lá em baixo, o areal molhado pela maré que já recuara...Fugira de Lisboa para a casa de amigos que, ali, convivem com o mar como se fosse um dos "da casa". E então? Pois, não foi só o areal que me deixou colada à janela àquela hora...Fernão Capelo Gaivota estava lá em baixo !"...the gulls that were not night-flying stood together on the sand, thinking" — Certamente RICHARD BACH viu-as assim, como eu nunca as tinha visto. Eram algumas centenas, todas iguais, cobrindo o areal molhado, todas voltadas de frente para o ventinho norte e tão paradas, tão imóveis que se diria tratar-se de algum ritual ou então, como diz BACH estariam "pensando"... Só levantaram voo,todas em simultâneo, e passada uma larga meia hora. Para onde foram, decerto levavam algum daqueles sonhos do Jonathan Livingston Seagull...
2 comentários:
GOSTEI!Lena
finalmente acedi ao blog!!
Quanto a formação das gaivotas na Ericeira também eu estive lá nesse mesmo dia e as vi dessa mesma maneira. Como não sou biologa não sei qual a razão porque as gaivotas em vias de vento se perfilam em formação militar. Se elas estão a pensar não sei; o que sei é que elas me deixam a pensar...
O Outono está aí já começou a preparar a escrita?
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