Escolhi as açucenas. E brancas. Era a simbologia sim senhor, mas era também o cumprimento de um sonho de adolescente. O que eu não sabia ou não lembrei, era que os estames amarelinhos polinizavam em amarelo, ao mais suave toque... imagine-se o que foi de riscos amarelos em todas aquelas lindas roupas de quem não queria deixar de abraçar a noiva ! Mas depois lá ficaram elas aos pés da imagem de Nossa Senhora, cumprindo a sua missão de mensageiras reverentes e advogadas de todas as minhas "causas".
Começou ali, a partir delas, o desenrolar de uma vida nova que antes eu não poderia ter conhecido. Foi há 66 anos ! Hoje também está um dia lindo e também faz vento...Neste constante rolar da Terra, vamos passando pelos mesmos referentes, sempre tão iguais nesta nossa memória ! Nós é que já não somos os mesmos: com tantas circunvoluções o físico vai sempre se desgastando nas múltiplas fricções... Resta porém o sol, o vento, a açucena... e lúcida memória que dá, isso dá, um tom sempre mais dolorido á saudade...
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