Como quase sempre, ao domingo, depois da missa, disponho de um razoável espaço de tempo para aqui vir dar forma de letra a algumas ideias que povoam a minha cabeça com maior ou menor preponderância, às vezes por toda uma semana, outras vezes à maneira de "assalto à fortaleza", por uns momentos, e ainda, muitas vezes, como "residentes" por quase toda a vida...como "resistentes"...
Hoje, as motivações mais próximas são tais e tantas, que as ideias regurgitam... Celebrou-se religiosamente a memória de um mártir cristão do século 3 ou 4 - São Vicente - cujo corpo atirado ao Meriterrâneo dentro de qualquer espécie de barca, veio encostar a Sagres com dois corvos negros por companheiros misteriosamente presentes e insistentes tanto ou tão pouco que até Afonso Henriques, ao trazê-los a todos para Lisboa deu azo a que tais aves tivessem lugar nas insígnias da cidade.O corpo de Vicente esteve "fora", por algum tempo e por razões algo cautelares, mas a cidade acabou por os abraçar aos três, com honras e carinhos. E de barcos á deriva, de corpos neles perdidos e achados , imediatamente se agiganta na nossa cabeça o espantoso naufrágio de um verdadeiro monstro marinho, há dias, "entalado" por negligência gritante entre costas rochosas de Itália que, segundo quem sabe, eram mais do que conhecidas por tudo quanto vive e navega por aquelas paragens... Claro que dentro do monstro não havia santos certamente, mas, de um momento para o outro todos foram transformados em mártires... E onde e qual o mistério dos míticos corvos que ali faltaram ?...
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