Tanta, tanta coisa se diz, se canta, se reza, se escreve, se lê sobre o Natal e o que a esse acontecimento anda ligado e ainda há possibilidade de alguém dizer « o quê ? ele também ?» e o «ele» é nem mais nem menos que CAMÕES. Ora leiam :
DOS CÉUS À TERRA _ dos céus à terra desce a mor beleza,
une-se à nossa carne e fá-la nobre-
e sendo a humanidade dantes pobre
hoje subida fica à mor alteza.
Busca o Senhor mais rico a mor pobreza
que a no mundo o seu amor descobre
de palhas vis o corpo tenro cobre
e por elas o mesmo Céu despreza.
Como? Deus em pobreza à Terra desce.
O que é mais pobre tanto lhe contenta
que este somente rico lhe parece-
Pobreza este presépio representa.
Mas tanto, por ser pobre, já merece,
que quanto mais o é, mais lhe contenta...
Este nosso "príncipe" sabia do que falava no seu conhecimento da pobreza e como vemos sabia bem o que sentia neste reconhecimento da cristã preferência pelos pobres !
2 comentários:
Lourdes, é um lindo poema.
Encatei-me com teu cantinho.
Beijinho
volta sempre ! bom ANO NOVO !
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