Mata da Margaraça -Arganil
Entro dentro do Outono
pela floresta
que se enrola na bruma
e, túmida de vida,
vai macerando musgos e bolores
opaca, densa,
quase adormecida...
Pelo chão, as velhas folhas desmaiadas.
E, ao passo dos meus passos silenciosos,
escuto estalidos breves
e crispados
de coisas que não esperavam ser pisadas-
Bagas vermejhas, cachos entre espinhos
flamejam, capciosas,defensivas,
a proteger nas sebes os espaços...
Mas são os cogumelos insidiosos
quem se esconde pelos cantos mais discretos.
Os tons de verde todos se matizam
sob a abóbada fulva e acobreada
dos plátanos antigos como catedrais !
Adormece a floresta a aquietar-se
pra espessas, longas, noites invernais...
Cumprem-se os ritos, místicos, secretos,
de donzela a guardar-se
para as festivas bodas estivais ! ! !...
pela floresta
que se enrola na bruma
e, túmida de vida,
vai macerando musgos e bolores
opaca, densa,
quase adormecida...
Pelo chão, as velhas folhas desmaiadas.
E, ao passo dos meus passos silenciosos,
escuto estalidos breves
e crispados
de coisas que não esperavam ser pisadas-
Bagas vermejhas, cachos entre espinhos
flamejam, capciosas,defensivas,
a proteger nas sebes os espaços...
Mas são os cogumelos insidiosos
quem se esconde pelos cantos mais discretos.
Os tons de verde todos se matizam
sob a abóbada fulva e acobreada
dos plátanos antigos como catedrais !
Adormece a floresta a aquietar-se
pra espessas, longas, noites invernais...
Cumprem-se os ritos, místicos, secretos,
de donzela a guardar-se
para as festivas bodas estivais ! ! !...
do meu livro SINESTESIAS
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