28 outubro 2011
outubro
Foi-se escoando este OUTUBRO, como não me lembro de nenhum outro assim na minha vida. Enganador, disfarçado, surpreendente, traiçoeiro mesmo, ouso dizê-lo... Na minha sede da frescura que o violento verão sempre nos rouba, abri a minha janela matinal do primeiro dia deste outubro e deparei com a minha árvore, a minha rua, envolvidas naquele nevoeiro com que sonho o ano todo!... Oh como Deus é bom, como Ele é meu amigo que logo,logo assim que pôde me mandou o "meu" outubro na forma em que eu nele me delicio e me revejo ! ! ! Mas como me iludi ! Nessa mesma tarde levantou-se o véu... E, a partir daí, houve sol de novo ardente, houve calor destroçante, secura e fogos nas matas, praias onde incautos se deixaram levar sem vigilantes, um arremedo de dureza sobre homens e animais como nunca se esperaria... E os dias a passarem neste tom até que, quase no MEU dia, desabaram chuvadas súbitas a porem o povo agredido, sem telhados, sem mobílias,tudo levado por ventanias uivantes, sem ninguém entender o como e o porquê do que se estava a passar... Oh meu Deus como há-de o Homem pôr-se de acordo com um Mundo sem as doçuras do meu velho OUTUBRO ? Foi então que se abriu uma cortina a tapar toda a meteorológica confusão e decepção e ,oh meu Deus,toda a ternura de que é capaz o coração dos Homens teceu para mim um carinhoso casulo rodeando-me, envolvendo-me e fazendo pelas suas acções para comigo com que eu já não soubesse mais sequer pensar no meu fofo manto de nevoeiros ideais ! ! ! Que grande Graça ,que decerto nunca mereci, é ter AMIGOS!!!Oh meu Deus, que belo OUTUBRO!
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