Eu vi o nevoeiro vir do mar.
Era como um regaço que se abria
afofando, envolvendo devagar.
De tão salgado e denso de maresia,
espalhava um gosto de algas pelo ar!
Tão estranho ficou tudo, que parecia
a paisagem dos sonhos, sem lugar,
imaterial,mal definida e fria.
Jardins suspensos na bruma coalhada
ruas, praias cinzentas onde havia
vultos sem voz, com gestos de veludo...
Na paz da hora única,embruxada,
real era-me apenas a poesia
que eu quase via evolar-se de tudo !...
Era como um regaço que se abria
afofando, envolvendo devagar.
De tão salgado e denso de maresia,
espalhava um gosto de algas pelo ar!
Tão estranho ficou tudo, que parecia
a paisagem dos sonhos, sem lugar,
imaterial,mal definida e fria.
Jardins suspensos na bruma coalhada
ruas, praias cinzentas onde havia
vultos sem voz, com gestos de veludo...
Na paz da hora única,embruxada,
real era-me apenas a poesia
que eu quase via evolar-se de tudo !...
2 comentários:
Suponho que seja da sua autoria... que maravilha!
Jinhos.
Vir a este blog foi sentir um pretérito que não conheci. Agora vejo que há um certo passado que gostaria de ter vivido. Foi assim como se uma sombra de poeta, derrepente, fizesse "parar" a moçidade vigente...
Até sempre!
Paulo
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