Era quase no inverno aquele dia,
tempo de grandes passeios
confusamente agora recordados —
— A estrada atravessava a terra ao meio
E em rigorosos muros de pedra e musgo a mão deslizava —
Tempo de retratos tirados
de olhos franzidos sob um sol de frente,
retratos que guardam para sempre
o perfume de pinhal das tardes
e o perfume de lenha e mosto das aldeias...
A respiração de Novembro verde e fria
incha os cedros azuis e as trepadeiras
e o vento inquieta com longínquos desastres
a folhagem cerrada das roseiras...
Um pálido inverno escorria nos quartos
brancos de silêncio como a névoa.
Um frio azul brilhava no vidro das janelas.
As coisas povoavam os meus dias
secretas, graves, nomeadas...
2 comentários:
Um beijo grande para amainar a dureza do "poema-desabafo".
Maria de Lourdes,
Convido-a a surpreender a blogosfera com cinco manias suas...
:)
Jinhos.
P.S. Mais detalhes no meu.
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