O ideal seria que qualquer possível leitor deste post conhecesse e pudesse ouvir agora aquela belíssima balada cantada por Frei Hermano da Câmara que começa docemente......« o espírito de Deus...»
É que, celebrando nós hoje aquela espantosa maneira com que a nossa Fé nos prodigalizou a possibilidade de sentirmos presente e interior a companhia do nosso Deus em todos os momentos de qualquer acto nosso, celebrando nós hoje esse longínquo dia, repito, parece tornar-se a celebração desproporcionada com o celebrado ,se não tiver aquele misto de música e magia que ajuda a arrebatar-nos para cima, sempre mais para cima !...Cinquenta dias passaram sobre tão violenta, mansa,sofrida, didáctica e incisiva progressão para a nossa formação de Cristãos. Faltava-nos este incêndio com que poderíamos pegar este FOGO ao Mundo todo... Uma rajada de vento, umas pequenas chamasinhas...E esse ESPÍRITO DE DEUS pairaria, de novo, como no primeiro dia da CRIAÇÃO, quando então ainda tudo era bom...
Hoje, cantava-se na missa uma sequência no meio da qual implorei especialmente:
ABRANDAI DUREZAS
VINDE,PAI DOS POBRES
NA DOR E AFLIÇÕES
PARA OS CAMINHANTES
HABITANDO EM NÓS
SOIS O NOSSO ALENTO !
ANIMAI OS TRISTES,
GUIAI OS ERRANTES
E trouxe comigo uma estranha sensação da paz que me tem faltado !
27 maio 2012
18 maio 2012
PORTUGUÊS ,língua vivíssima
Todos aqueles que, no mínimo, andaram na escola,ouviram alguma vez um qualquer professor dizer que existem línguas mortas, como o latim, e línguas vivas, como o português. Agora imagine-se quantas coisas em redor disto se podem pesquisar, estudar e aprender se por acaso uma pessoa se lembra de querer ser professor de qualquer língua, morta ou viva, tanto faz... Bem, estuda-se muito, mesmo muito . E logo de princípio é- nos dada a noção de que as línguas vivas são mesmo vivas, isto é, não nasceram de um certo feitio e ficaram assim tal-qual para todo o sempre.Não. As línguas, como qualquer ser vivo, vão.se desenvolvendo ao acompanharem, como é natural, o desenvolvimento dos seus utentes/ criadores/ herdeiros/ falantes/ escreventes, etc. E assim se vai construindo um património, riqueza que é, se nós atentarmos bem, um verdadeiro retrato em corpo inteiro dos países a que estão indissoluvelmente ligadas.Por isso,quando os tais estudiosos entram pelo campo da HISTÓRIA e depois da FILOSOFIA e ainnda pelos das ARTES e da LITERATURA, vão-se encontrando com realidades diferentes e novas às quais foram dados e eles têm que dar nomes, (caracteres,letras e sons). E isso depende muitíssimo da capacidade para uma objectivdade criativa de cada pessoa. Aqui nos aparece a verdadeira cumplicidade do ser humano com o seu património linguístico.Através dos "retratos" que vão sendo transmitidos graças ás Artes, muitíssimo graças à Literatura, conhecemos, reconhecemos, aprendemos quantas"vidas" foram sendo absorvidas, imitadas, adaptadas, repescadas, nos múltiplos caminhos cruzados de umas e outras línguas !Barrocos.Românticos, Medievais, Futuristas,Existencialistas... Quanta inovação, quanto prazer linguístico,quanta vivacidade ! ! ! O dizer tudo isto,em jeito de quase lição, saiu-me um pouco mal, porque eu queria marcar a minha posição de aplauso à inovação(não posso esquecer Mia Couto) que
hoje me foi pedida pela simples leitura de um jornal diário onde tropecei em duas novidades que não quero perder e faço questão de dar a conhecer a todos os que acaso me leiam aqui e mais a todos quantos possa comunicar tamanho engenho contributivo para a rica flexibilidade do nosso português sem acordos, espontâneo...
Apresento-vos: ALTAMENTIVEZ e SECALHARIDADE .
hoje me foi pedida pela simples leitura de um jornal diário onde tropecei em duas novidades que não quero perder e faço questão de dar a conhecer a todos os que acaso me leiam aqui e mais a todos quantos possa comunicar tamanho engenho contributivo para a rica flexibilidade do nosso português sem acordos, espontâneo...
Apresento-vos: ALTAMENTIVEZ e SECALHARIDADE .
17 maio 2012
DIA DA ESPIGA
10 maio 2012
EUROPA
No meu post do dia 9 de maio do ano de 2007 entendi corporizar algumas memórias relativas ao nascimento da então ainda chamada CEE, por ser essa a data em que ela foi dada à luz. Lembrei aí a seca figura do Sr.Schuman, os trabalhos extensos do Sr. Jean Monnet na inspiração da Comunidade do Carvão e do Aço e também o perfume, (seja-me permitido chamar-lhe assim) da Guerra ,que ainda pairava no ar. Nesse post aflorava talvez ainda uma esperança sempre um pouco indecisa e nem me ocorreu falar da atmosfera de grandiosidade que a NONA de Bethoven, escolhida como hino ,vinha oferecer a empresa de tal envergadura.Também não falei aí do que eu pensei quase sempre para além dos sonhos , quase desde a primeira hora, mas principalmente depois de ter conhecido e conversado com o Sr. Jacques Delors... Agora, com tanta EUROPA conhecida e vivida, com o meu país a não conseguir caber em nenhum dos meus sonhos,a não acertar em nenhuma das minhas álgebras, passei o dia de aniversário dessa desilusão a juntar todos os pedacinhos de recordações boas que guardo desses primeiros dias, dessas primeiras euforias( ? ), boulevard Schumann abaixo, manhã cedo,sob um nevoeirinho mensageiro do Alto e cuja mensagem eu então ainda não era capaz de decifrar...
06 maio 2012
Mãe de todas as MÃES
No DIA da MÃE
Mãe de todas as Mães,
Nossa Senhora !
Não que para falar-te
haja um dia, uma hora,
mas hoje apenas vim para acolher-me
nas dobras do teu manto,
na dor de recordar
as Mães que não perdemos
pela via da saudade,
mas as outras também,
as Mães de agora,
deste inquietante mundo
de filhos tão dispersos,
tão diversos,
(tantos cuidados,dor,
inquietações ou lágrimas de glória )
mas Filhos muito amados
teus, também...
Só por laços de amor
vim suplicar-te agora,
MÃE de todas as MÃES,
Nossa Senhora ! ...
do meu livro «Como é que não tendes Fé?»
Mãe de todas as Mães,
Nossa Senhora !
Não que para falar-te
haja um dia, uma hora,
mas hoje apenas vim para acolher-me
nas dobras do teu manto,
na dor de recordar
as Mães que não perdemos
pela via da saudade,
mas as outras também,
as Mães de agora,
deste inquietante mundo
de filhos tão dispersos,
tão diversos,
(tantos cuidados,dor,
inquietações ou lágrimas de glória )
mas Filhos muito amados
teus, também...
Só por laços de amor
vim suplicar-te agora,
MÃE de todas as MÃES,
Nossa Senhora ! ...
do meu livro «Como é que não tendes Fé?»
05 maio 2012
MEC ESCREVE A DEUS
Não julgues se não queres ser julgado, é provérbio, é ensinamento catequético, é medida de precaução social e,como tal, já faz parte de um código de comportamento pessoal que ninguém desconhece, mas, apesar disso, quase ninguém resiste á crítica julgadora e às vezes tão mázinha e cruel... Mas tambem é certo que muitas vezes o rodar da vida acaba por nos trazer evidências que desmontam de forma tão cabal os maus juizos que formulámos sobre alguém ou alguma coisa que chegamos a sentir-nos envergonhados de nós mesmos, mesmo sem encontrarmos maneira de nos perdoarmos... Não é exagero, não , E aconteceu comigo agora esse misto de vergonha e arrependimento que preciso de exorcizar...
Não conheço muita gente, homem ou mulher, jornalista e comentador-crítico da sociedade, de linguagem habitualmente cáustica e vocabulário contundente, grosseiro por vezes, que me tivesse parecido capaz de,numa revira-volta surpreendente, publicar no seu jornal uma CARTA a Deus, pungente de sofrimento íntimo,a transbordar de dor moral e ao mesmo tempo de uma candura dolorida, perfeito retrato daquela dor que dói de mansinho e quase mata...« Faz o que só um Deus pode fazer » É o grito com que acaba a sua conversa com esse Deus que ele por ali nos mostra que sempre conheceu e de cuja presença na sua vida nunca nos deixou suspeitar. Sei que será ouvido, Eu é que não sei se serei perdoada pela injusta forma como o "julguei"durante tanto tempo !
Não conheço muita gente, homem ou mulher, jornalista e comentador-crítico da sociedade, de linguagem habitualmente cáustica e vocabulário contundente, grosseiro por vezes, que me tivesse parecido capaz de,numa revira-volta surpreendente, publicar no seu jornal uma CARTA a Deus, pungente de sofrimento íntimo,a transbordar de dor moral e ao mesmo tempo de uma candura dolorida, perfeito retrato daquela dor que dói de mansinho e quase mata...« Faz o que só um Deus pode fazer » É o grito com que acaba a sua conversa com esse Deus que ele por ali nos mostra que sempre conheceu e de cuja presença na sua vida nunca nos deixou suspeitar. Sei que será ouvido, Eu é que não sei se serei perdoada pela injusta forma como o "julguei"durante tanto tempo !
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