Como me foi surpreendente, no meio deste ramerrão diário da minha vida actual, ver-me quase por magia sentada numa plateia, a meio da tarde, em dia nem feriado,nem domingo, a assistir quase de novo comovida como aos dezoito anos, ao dramático desenrolar daquele amor paradigmático de Julieta e Romeu ! Desta vez foi em forma de bailado ( Companhia Nacional de Bailado ), um recital especialmente organizado para fins culturais, sendo a bailarina - Julieta uma perfeita imagem da pureza, da delicadeza, da frescura e ingenuidade exigíveis `a sua representação. Todos os bailarinos, aliás,eram de um nível muito bom, mas ela excedia-os isso é inegável. Também esplêndido, perfeito, era o guarda-roupa de todos os intervenientes (séc.XVI)
Dos meus contactos com as traduções deste drama de Shakespeare em peças musicais, creio que de uma ópera de Gounot a fantásticas sinfonias com corais excelentes, de Tchaikowsky e também, segundo julgo lembrar-me de Berlioz, até este bailado de Prokofief, tenho guardado sempre recordações plenas de encanto, pois às peças associo locais,e pessoas, para além do envolvimento sempre poderoso da história. Tive mesmo oportunidade de ir a Verona e imaginar in loco aquele namoro exaltado... Pois esta minha surpresa de agora agitou memórias e ofereceu-me uma actualidade que me fizeram feliz ! Tudo porque um simples gesto de amizade vem até nós,ás vezes mesmo no momento em que mais precisamos dele...
25 março 2011
21 março 2011
Poema
silenciosamente aproximo-me do poema
circundo-o duma palavra faço nela
uma incisão deliberada
e exponho a ferida ao ar sem protegê-la
para que infecte e frutifique
de resina ainda com gosto a papel húmido
o poema cresce ramifica-se
comovidamente do cerne para a casca
inteiro liso adstringente sinuoso
mas
todo o poema é perfeitamente impuro
No Dia da Poesia, um POEMA de Vasco Graça Moura
circundo-o duma palavra faço nela
uma incisão deliberada
e exponho a ferida ao ar sem protegê-la
para que infecte e frutifique
de resina ainda com gosto a papel húmido
o poema cresce ramifica-se
comovidamente do cerne para a casca
inteiro liso adstringente sinuoso
mas
todo o poema é perfeitamente impuro
No Dia da Poesia, um POEMA de Vasco Graça Moura
19 março 2011
Em nome do PAI
Em nome do Pai..
E era o horizonte o fim da linha !
Partidas de chegadas,
rotas perdidas por um triz,
subitamente abertas portas antes fechadas
e ainda e sempre longe o fim da linha...
Em nome do Pai,voltar atrás por onde dantes vinha ?
Quisera , mas não sei mais fazer agora
todas as coisas que antes não fiz,,,
E era o horizonte o fim da linha !
Partidas de chegadas,
rotas perdidas por um triz,
subitamente abertas portas antes fechadas
e ainda e sempre longe o fim da linha...
Em nome do Pai,voltar atrás por onde dantes vinha ?
Quisera , mas não sei mais fazer agora
todas as coisas que antes não fiz,,,
13 março 2011
Reconciliação - Alberto Caeiro
Sendo hoje o primeiro domingo da quaresma deste ano, procurando nós durante este período reabilitarmo-nos,já não digo perante o nosso Deus, mas mesmo perante nós próprios, todos os princípios da nossa catequese de uma vida inteira são agora particularmente revisitados, não apenas recordados, mas de tal maneira revistos, que alguns nos aparecem iluminados com uma nova luz nunca percebida antes... Foi assim que me aconteceu agora posicionar-me de outras maneiras, dentro daquele difícil capítulo de " amar os nossos inimigos", que para mim se traduz em amar TODOS, porque,embora haja pessoas de quem não gosto muito, inimigos não tenho. E então, espantosamente sem razão aparente, fui ler pela enésima vez alguns heterónimos de Fernando Pessoa dos quais geralmente não gosto, como pode não se gostar de Paula Rego por exemplo( sendo, no entanto, apaixonada pela Mensagem)- Comecei por aquele a que o Pessoa chama O Mestre :ALBERTO CAEIRO. E li algo que me fez duvidar se não estava a fazê-lo pela primeira vez, encantando-me de tal maneira que li e reli tantas vezes, como que a penitenciar-me do desprezo antigo...Foi uma reconciliação de tal forma que decidi fazer um pequeno excerto do poema motriz da "reconciliação" e trazê-lo aqui ao registo no meu post para que ,se tiver leitores, eles partilhem comigo o prazer do gozo das qualidades da expressão do sentimento do poeta, tanto na sua formatação literária como na da sensibilidade toda humana e humilde que ele aqui assume sem disfarce. Do poema VIII de O Guardador de Rebanhos « Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro. Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava. Ele é o humano que é natural, Ele é o divino que sorri e que brinca. E por isso é que eu sei com toda a certeza Que ele é o Menino Jesus verdadeiro. E a criança tão humana que é divina E esta minha quotidiana vida de poeta, E é porque ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre, E que o meu mínimo olhar Me enche de sensação E o mais pequeno som, seja do que for, Parece falar comigo. A Criança Nova que habita onde vivo Dá-me uma mão a mim E a outra a tudo o que existe E assim vamos os três pelo caminho que houver, Saltando e cantando e rindo E gozando o nosso segredo comum Que é o de saber por toda a parte Que não há mistério no mmundo E que tudo vale a pena. A Criança Eterna acompanha-me sempre. Adirecção do meu olhae é o seu dedo apontando. Omeu ouvido alegremente atento a todos os sons São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas. Damo-nos tão bem um com o outro Na companhia de tudo Que nunca pensamos um no outro. Mas vivemos juntos e dois Com um acordo íntimo Como a mão direita e a esquerda. Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas No degrau da porta de casa Graves, como convém a um deus e a um poeta, E como se cada pedra Fosse todo o universo E fosse por isso um grande perigo para ela Deixá-la caír no chão. Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens E ele sorri, porque tudo é incrível. Ri dos reis e dos que não são reis, E tem pena de ouvir falar das guerras, E dos comércios, e dos navios Que ficam,fumo no ar dos altos mares. Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade Que uma flor tem ao florescer E que anda com a luz do sol A variar os montes e os vales E a fazer doer aos olhos os muros caiados. Depois ele adormece e eu deito-o, Levo-o ao colo para dentro de casa E deito-o, despindo-o lentamente E como seguindo um ritual muito limpo E todo materno até ele estar nu. Ele dorme dentro da minha alma E às vezes acorda de noite E brinca com os meus sonhos. Vira uns de pernas para o ar, Põe uns em cima dos outros E bate as palmas sozinho Sorrindo para o meu sono. Quando eu morrer, filhinho, Seja eu a criança, o mais pequeno, Pega-me tu ao colo E leva-me para dentro da tua casa. Despe o meu ser cansado e humano E deita-me na tua cama E conta-me histórias, caso eu acorde, Para eu tornar a adormecer. E dá-me sonhos teus para eu brincar Até que nasça qualquer dia Que tu sabes qual é... Esta é a história so meu Menino Jesus. Por que razão que se perceba Não há-de ser ela mais verdadeira Que tudo quanto os filósofos pensam E tudo quanto as religiões ensinam ?
08 março 2011
Dizer de ser Mulher
Dizer de ser Mulher
será preciso?
Umas das outras nós sabemos tudo.
E a forma como damos a saber
a força imensa
da nossa fraqueza
é sendo mães, amando,
fazendo do trabalho uma alegria,
e dando tanto a todos em ternura
quanto lhes dá o pão de cada dia
por mais que seja dura
a fome sobre a mesa...
Dizer de ser Mulher
é dizer companheira
se ter um companheiro for destino.
Dizer de ser Mulher
é dizer ser presença. ser esteio,
sendo a parte mais frágil do cristal
num mundo já tão pouco cristalino...
Dizer de ser Mulher, será preciso ?
Arriscámos um dia o Paraíso
por uma convicção bem definida :
Ser Mulher afinal
já então era só
ser a fonte da VIDA ! ! !
será preciso?
Umas das outras nós sabemos tudo.
E a forma como damos a saber
a força imensa
da nossa fraqueza
é sendo mães, amando,
fazendo do trabalho uma alegria,
e dando tanto a todos em ternura
quanto lhes dá o pão de cada dia
por mais que seja dura
a fome sobre a mesa...
Dizer de ser Mulher
é dizer companheira
se ter um companheiro for destino.
Dizer de ser Mulher
é dizer ser presença. ser esteio,
sendo a parte mais frágil do cristal
num mundo já tão pouco cristalino...
Dizer de ser Mulher, será preciso ?
Arriscámos um dia o Paraíso
por uma convicção bem definida :
Ser Mulher afinal
já então era só
ser a fonte da VIDA ! ! !
07 março 2011
Carnaval
Domingo de CARNAVAL
Estamos em pleno período de Carnaval .Lisboa está a disfrutar os seus dias de pacatez e certamente isso acontece por esse país além, em todas as cidades e vilas e lugares que não se sentiram vocacionados para o gozo e divertimento públicos em data e hora marcadas pelos calendários internacionalizados.Se olharmos esta época como uma boa oportunidade de pausa para tarefas que mais ou menos a justifiquem,ela é pura e simplesmente deliciosa...Recordo as minhas fériasinhas em Saint Cergue e no Tirol, aquelas escapadelas de um só dia às concorridíssimas pistas de neve cujos nomes só recordo quando há transmissões de corridas pela TV...Mas isso não é aquilo a que vulgarmente se chama CARNAVAL. Esta festividade,como quase todas as que entraram na tradição popular, com mais ou menos legitimidade, vai radicar~se em tão antigas como deturpadas origens.A degradação social e moral que veio acontecendo progressivamente antes da chegada de CÉSAR ao poder,em ROMA, acrescida da quase total aceitação pelos Romanos dos nomes dos deuses gregos em substituição dos dos seus próprios deuses, tornou como que mais liberal e depois mesmo libertina a relação dos homens com os deuses, visto que os deuses gregos tinham características menos míticas e qualidades mais humanas do que os deuses romanos. E assim as inúmeras festas que eram feitas em suas homenagens foram adquirindo configurações especialíssimas consoante fosse a "esfera de acção" do deus celebrado. Foi assim que, em 186 AC, as Bacanais levaram à prisão e execução inúmeras pessoas que tomavam parte nas festas.Baco era o nome que os Romanos haviam retirado de uns gritos de euforia produzidos pelos gregos nas festas de DIONISOS, deus do vinho e dos prazeres.A isto e muito mais se deve o CARNE(M)( VALE que apareceu não logo, logo,como a medieval tradução literal do"adeus à carne", mas ainda como aquela festa em que nada parece mal, como ficou registada no adagiário português.Ignoro como o Mundo girou para que o grande Carnaval das loucuras fosse acontecer noBRASIL,ou como, no séculoXVIII, em Veneza, requintadas damas e viciosos Casanovas criaram a sua lindíssima tradição carnavalesca. Porém intuo que os rebolados nus brasileiros devem ter muito que ver com o clima e quedo-me perplexa ao ver em Portugal, agora , despirem-se com estes frios, ao sabor da imitação mais descabida...A tradição portuguesa nunca foi de nus. Estou a pensar em como se estragava a roupa, nos anos trinta ( séc.XX), quando grupos de foliões, ao virar de uma esquina, nos esborrachavam ovos e pastéis e outras coisas pastosas, sobre os fatos e os cabelos. O que eu própria sofri sendo atacada à saída do colégio , com bisnagas esguichando líquidos de que eu tinha verdadeiro terror.E as pancadas secas de uns certos saquinhos jogados com mestria para se esvaziarem de areia sobre as nossas cabeças e roupas. Mas, agora mesmo, os executantes da Dança dos Cuzes, em Cabanas de Viriato, estão vestidos da cabeça aos pés e também os coloridos Caretos são uns peludos e totais disfarces...Tudo isto nos fala de um carnaval de rua. Mas as mais lindas versões de Carnavais de Salão, bem portugueses ,de princípios do século XX,são as que me foram contadas _vividas_ pelos meus Pais.No Porto e em Beja.No Porto,uma das noites de Carnaval era de ida a um dos teatros da cidade, todos vestidos rigorosamente de gala,senhoras e senhores. E então,"jogava-se" ,em troca das serpentinas das actrizes, atirando para o palco caixas com joias verdadeiras...Em Beja, havia, no Clube, três bailes de gala ( um por cada noite), onde as ceias eram volantes.Na hora própria, entravam no salão de baile pequenos carrinhos puxados por carneiros de pêlo alvíssimo decorado com laços de fitas de cores,carrinhos esses que vinham "carregados" com as mais variadas iguarias armadas artística e tentadoramente.Os carrinhos iam circulando e todos se iam locupletando a gosto...A que distância de tudo isto fica a actual passagem de cortejos onde se mostra uma preferência nítida pela perversão na confusão dos sexos ou pelas piadas pesadas sobre política ou sobre factos sociais,tudo muito nu e...ao frioAproxima-se então de novo a época em que todos vamos saber porque dizemos CARNE(M) VALE...
Estamos em pleno período de Carnaval .Lisboa está a disfrutar os seus dias de pacatez e certamente isso acontece por esse país além, em todas as cidades e vilas e lugares que não se sentiram vocacionados para o gozo e divertimento públicos em data e hora marcadas pelos calendários internacionalizados.Se olharmos esta época como uma boa oportunidade de pausa para tarefas que mais ou menos a justifiquem,ela é pura e simplesmente deliciosa...Recordo as minhas fériasinhas em Saint Cergue e no Tirol, aquelas escapadelas de um só dia às concorridíssimas pistas de neve cujos nomes só recordo quando há transmissões de corridas pela TV...Mas isso não é aquilo a que vulgarmente se chama CARNAVAL. Esta festividade,como quase todas as que entraram na tradição popular, com mais ou menos legitimidade, vai radicar~se em tão antigas como deturpadas origens.A degradação social e moral que veio acontecendo progressivamente antes da chegada de CÉSAR ao poder,em ROMA, acrescida da quase total aceitação pelos Romanos dos nomes dos deuses gregos em substituição dos dos seus próprios deuses, tornou como que mais liberal e depois mesmo libertina a relação dos homens com os deuses, visto que os deuses gregos tinham características menos míticas e qualidades mais humanas do que os deuses romanos. E assim as inúmeras festas que eram feitas em suas homenagens foram adquirindo configurações especialíssimas consoante fosse a "esfera de acção" do deus celebrado. Foi assim que, em 186 AC, as Bacanais levaram à prisão e execução inúmeras pessoas que tomavam parte nas festas.Baco era o nome que os Romanos haviam retirado de uns gritos de euforia produzidos pelos gregos nas festas de DIONISOS, deus do vinho e dos prazeres.A isto e muito mais se deve o CARNE(M)( VALE que apareceu não logo, logo,como a medieval tradução literal do"adeus à carne", mas ainda como aquela festa em que nada parece mal, como ficou registada no adagiário português.Ignoro como o Mundo girou para que o grande Carnaval das loucuras fosse acontecer noBRASIL,ou como, no séculoXVIII, em Veneza, requintadas damas e viciosos Casanovas criaram a sua lindíssima tradição carnavalesca. Porém intuo que os rebolados nus brasileiros devem ter muito que ver com o clima e quedo-me perplexa ao ver em Portugal, agora , despirem-se com estes frios, ao sabor da imitação mais descabida...A tradição portuguesa nunca foi de nus. Estou a pensar em como se estragava a roupa, nos anos trinta ( séc.XX), quando grupos de foliões, ao virar de uma esquina, nos esborrachavam ovos e pastéis e outras coisas pastosas, sobre os fatos e os cabelos. O que eu própria sofri sendo atacada à saída do colégio , com bisnagas esguichando líquidos de que eu tinha verdadeiro terror.E as pancadas secas de uns certos saquinhos jogados com mestria para se esvaziarem de areia sobre as nossas cabeças e roupas. Mas, agora mesmo, os executantes da Dança dos Cuzes, em Cabanas de Viriato, estão vestidos da cabeça aos pés e também os coloridos Caretos são uns peludos e totais disfarces...Tudo isto nos fala de um carnaval de rua. Mas as mais lindas versões de Carnavais de Salão, bem portugueses ,de princípios do século XX,são as que me foram contadas _vividas_ pelos meus Pais.No Porto e em Beja.No Porto,uma das noites de Carnaval era de ida a um dos teatros da cidade, todos vestidos rigorosamente de gala,senhoras e senhores. E então,"jogava-se" ,em troca das serpentinas das actrizes, atirando para o palco caixas com joias verdadeiras...Em Beja, havia, no Clube, três bailes de gala ( um por cada noite), onde as ceias eram volantes.Na hora própria, entravam no salão de baile pequenos carrinhos puxados por carneiros de pêlo alvíssimo decorado com laços de fitas de cores,carrinhos esses que vinham "carregados" com as mais variadas iguarias armadas artística e tentadoramente.Os carrinhos iam circulando e todos se iam locupletando a gosto...A que distância de tudo isto fica a actual passagem de cortejos onde se mostra uma preferência nítida pela perversão na confusão dos sexos ou pelas piadas pesadas sobre política ou sobre factos sociais,tudo muito nu e...ao frioAproxima-se então de novo a época em que todos vamos saber porque dizemos CARNE(M) VALE...
01 março 2011
Tudo o que eu sei, tudo o que eu faço...
Dizia-me há dias alguém que o que deixo escrito neste SINESTESIAS enveredou definitivamente pelo caminho religioso,quase místico, e que estou assim perdendo leitores, uns porque não estão dispostos a ir por aí , outros porque deixaram de achar estimulantes quaisquer observações ou interpretações que eu expusesse por virem sempre iluminadas por uma certa monotonia de conceitos subjacentes. Pelo menos fiquei contente por falarem em "conceitos" e não em "preconceitos", porque na verdade a minha forma de ver o Mundo e os mundos não é mesmo preconceituosa. E não escolhi nenhum trilho para a ele me limitar. Reconheço que houve uma deriva no caminho que aqui encetei há cerca de cinco anos mas isso é apenas uma consequência e não uma escolha. Consequência da progressão do meu "estar na Vida", consequência da natural cada vez maior tendência para a interiorização, por sua vez também consequência da cada vez menor socialização, das cada vez mais extensas horas de solidão. Porque todos sabemos que uma coisa é pensar a VIDA e outra coisa é vivê-la.
Acredito que poucos terão entendimento para, em teoria, reconhecerem como se vive aquela a que se convencionou chamar "a terceira idade", e por isso não entendam os prazeres do silêncio, do sossego, daquilo a que podemos chamar o nosso canto, com alguns inerentes confortos que quase apenas o são para essa idade, ambientes tão propícios a olhar- se de uma maneira que vai mais ao fundo das coisas e nos eleva a nós para mais alto ( atrevo-me a dizer mais espiritual ).
´É então nessa época que entendemos a FÉ, essa mesmo, que sempre professámos e praticámos, mas que , neste novo modo de estar, como que se nos revela com outra nitidez.
Creio bem que foi esta a explicação que dei a quem me interpelou por causa da natureza dos meus posts, e também,( fazendo-se eco de julgamentos mal informados)por causa da carinhosa presença da minha paróquia em minha casa, por intermédio de senhoras voluntárias e até mesmo, menos a miúde, de alguns padres,já amigos, de cujos trabalhos universitários até vou sendo posta ao corrente. É agora e por tudo isto que rezo com profunda convicção uma pequena oração que me foi oferecida por um aluno especial de Português, um sacerdote de SCHOENSTADT, de nacionalidade peruana que fora colocado no nosso país, isto, há cerca de uns já dez anos.
Oração
O meu lar é o teu Santuário
onde Tu actuas para a glória do Pai.
Aí Ele transforma todo o meu ser
em sacrário predilecto da Trindade
onde arde sempre a luz do Santíssimo
e a chama do Amor nunca se extingue.
Tudo o que eu sou, tudo o que eu tenho,
tudo o que eu sei, tudo o que eu faço,
eu o deposito a teus pés
para fonte santa da tua glória!
Amen
Acredito que poucos terão entendimento para, em teoria, reconhecerem como se vive aquela a que se convencionou chamar "a terceira idade", e por isso não entendam os prazeres do silêncio, do sossego, daquilo a que podemos chamar o nosso canto, com alguns inerentes confortos que quase apenas o são para essa idade, ambientes tão propícios a olhar- se de uma maneira que vai mais ao fundo das coisas e nos eleva a nós para mais alto ( atrevo-me a dizer mais espiritual ).
´É então nessa época que entendemos a FÉ, essa mesmo, que sempre professámos e praticámos, mas que , neste novo modo de estar, como que se nos revela com outra nitidez.
Creio bem que foi esta a explicação que dei a quem me interpelou por causa da natureza dos meus posts, e também,( fazendo-se eco de julgamentos mal informados)por causa da carinhosa presença da minha paróquia em minha casa, por intermédio de senhoras voluntárias e até mesmo, menos a miúde, de alguns padres,já amigos, de cujos trabalhos universitários até vou sendo posta ao corrente. É agora e por tudo isto que rezo com profunda convicção uma pequena oração que me foi oferecida por um aluno especial de Português, um sacerdote de SCHOENSTADT, de nacionalidade peruana que fora colocado no nosso país, isto, há cerca de uns já dez anos.
Oração
O meu lar é o teu Santuário
onde Tu actuas para a glória do Pai.
Aí Ele transforma todo o meu ser
em sacrário predilecto da Trindade
onde arde sempre a luz do Santíssimo
e a chama do Amor nunca se extingue.
Tudo o que eu sou, tudo o que eu tenho,
tudo o que eu sei, tudo o que eu faço,
eu o deposito a teus pés
para fonte santa da tua glória!
Amen
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