Hoje é o penúltimo domingo do ano litúrgico que correspondeu ao ano civil de 2010.
Ainda não tive disponibilidade para olhar para trás e fazer o levantamento das coisas boas e positivas deste ano que finda, na sua multiplicidade de aspectos. E, quando digo disponibilidade quero talvez dizer também imparcialidade, objectividade, porque, se nunca consigo deixar de ver, entender, sentir e escolher com as características muito minhas, muito pessoais, só me separarei da subjectividade a poder de algum esforço cívico que advem de aprendizagens várias e isso é um exercício que exige tempo, muito e quase asséptico tempo.
O que sei é que, ao ler o Evangelho deste domingo( São Lucas,21,5-19 ) me não pude furtar a perguntar-me se esta fala de Jesus seria só premonitória...«Quando ouvirdes falar em guerras e tumultos não fiqueis aterrados: assim tem de acontecer primeiro, mas não será logo o fim.
Há-de erguer-se povo contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terramotos e em diversos lugares, fomes e epidemias. Haverá coisas pavorosas e do céu virão grandes sinais...
E tereis ocasião de dar testemunho...»
Que testemunho daremos? Dizia São Paulo aos tessalonicenses que trabalhassem e não vivessem na ociosidade, sem fazerem trabalho nenhum mas ocupados em actividades inúteis e que se alguém não quisesse trabalhar, não deveria comer de graça o pão de ninguém.
O nosso tempo é pois um cúmulo de situações que têm origem em situações e hipóteses com mais de dois mil anos. Acabaremos assim mais um ano sem termos melhorado nada. «Pela nossa constância é que havemos de salvar as nossas almas »,dizia Jesus há dois mil anos. Será que,com tais práticas de vida neste mundo envolvente, conseguiremos, pelo menos, salvar a nossa constância ?
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