Férias ! Aquela primeira sílaba muito aberta, aquele F muito esguio, fazem daquela palavra uma espécie de explosão, rebentamento e ascenção,e lá vamos nós ,todos empolgados naquela direcção do que ascende, do que nos leva para cima,do que, ainda por cima, estraleja, brilha, sugere festa, alegria...
E como pode ser tudo isso em tradução baça ?
O céu carregou e adquiriu em definitivo aquela cor cinza sem manchas nem rasgões que, noutras latitudes, é prenúncio de nevão. Só que, por onde andei, o nevão não aconteceu. Veio sim um frio perto do zero e do negativo da escala ,naquele local , mas muito abaixo no negativo lá para Trás-os-Montes , Beiras e Alentejo Perdeu-se então a vontade de andar ao tempo e voltámo-nos para dentro dos quentinhos das casas com as suas labaredas de boa lenha de azinho a crepitar nas lareiras. O estralejar festivo da palavra FÉRIAS, passou a residir no estalar das grossas cavacas.
E todos os prazeres , desde a leitura partilhada e discutida, até à escolha da música mais apetecida, com as problemáticas situações a resolver em jogos de sala ingleses, e excelentes petiscos a intervalar, foram sendo adicionados ao mágico deixar correr o tempo a ver chover, através das portadas de vidro.
Perguntar-se-á se a esta espécie de pacífico torpor se poderá associar a ideia de que estas são, foram, as férias dos bailes até de manhã, dos corsos e batalhas de flores, dos concursos de trajes de mascarados, das partidas com bolos feitos de algodão,
inocentíssimos gozos e marotices de que depois ainda nos penitenciávamos na Quaresma a chegar. Poderá ser que estejamos a falar apenas de recordações que aqui e ali neste nosso país ainda muito esporadicamente se fazem lembrar?
Pois pode ser, pode! Prova disso mesmo estas pequenas férias de quatro dias apanhando esse tãoestafado Carnaval que nos tempos que passam já pouca gente atura. Os portugueses estamos menos amigos de brincar daquela maneira meio infantil que antigamente recebia o nome de entrudo e que era atrevida, galhofeira, um tanto grosseira às vezes, um tanto lasciva mas com alegria sã. Os carnavais eróticos e teatrais importáveis de outros países vieram alterar aquilo que antes poderia ter sido uma forma de purga de alguns desgostos sofridos em silêncio.
Por isso então o Carnaval passou a ser uma época para pequenas viagens, para a NEVE quase sempre... E, em matéria de neve , este Carnaval foi excelente na nossa terra! Em frio, como já
O céu carregou e adquiriu em definitivo aquela cor cinza sem manchas nem rasgões que, noutras latitudes, é prenúncio de nevão. Só que, por onde andei, o nevão não aconteceu. Veio sim um frio perto do zero e do negativo da escala ,naquele local , mas muito abaixo no negativo lá para Trás-os-Montes , Beiras e Alentejo Perdeu-se então a vontade de andar ao tempo e voltámo-nos para dentro dos quentinhos das casas com as suas labaredas de boa lenha de azinho a crepitar nas lareiras. O estralejar festivo da palavra FÉRIAS, passou a residir no estalar das grossas cavacas.
E todos os prazeres , desde a leitura partilhada e discutida, até à escolha da música mais apetecida, com as problemáticas situações a resolver em jogos de sala ingleses, e excelentes petiscos a intervalar, foram sendo adicionados ao mágico deixar correr o tempo a ver chover, através das portadas de vidro.
Perguntar-se-á se a esta espécie de pacífico torpor se poderá associar a ideia de que estas são, foram, as férias dos bailes até de manhã, dos corsos e batalhas de flores, dos concursos de trajes de mascarados, das partidas com bolos feitos de algodão,
inocentíssimos gozos e marotices de que depois ainda nos penitenciávamos na Quaresma a chegar. Poderá ser que estejamos a falar apenas de recordações que aqui e ali neste nosso país ainda muito esporadicamente se fazem lembrar?
Pois pode ser, pode! Prova disso mesmo estas pequenas férias de quatro dias apanhando esse tãoestafado Carnaval que nos tempos que passam já pouca gente atura. Os portugueses estamos menos amigos de brincar daquela maneira meio infantil que antigamente recebia o nome de entrudo e que era atrevida, galhofeira, um tanto grosseira às vezes, um tanto lasciva mas com alegria sã. Os carnavais eróticos e teatrais importáveis de outros países vieram alterar aquilo que antes poderia ter sido uma forma de purga de alguns desgostos sofridos em silêncio.
Por isso então o Carnaval passou a ser uma época para pequenas viagens, para a NEVE quase sempre... E, em matéria de neve , este Carnaval foi excelente na nossa terra! Em frio, como já
disse, excederam-se as previsões. Por detrás das grandes portadas de vidro recordáva-se a luminosa paisagem de verão e isso era já parte dos doces calorsinhos que nos envolveram estes dias... Como dizia Santa Teresa só isso basta ( bastou, digo eu...)
2 comentários:
Ola, querida!
Adorei o seu blog...
dei uma passadinha e nao tive como nao postar!
Felicidades!
Adriana
Sim. E por isso já se clama mais ou menos baixinho pela Primavera que tarda...
Jinhos.
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