23 agosto 2009

Vigésimo primeiro domingo

Não há dúvida ! Jesus terá dito que não vinha para curar os sãos, mas para salvar os doentes, por isso, àqueles que não quiseram entender a sua parábola sobre a verdadeira comida e lhe voltaram costas, ele deixou-os ir, não estariam necessitados de esclarecer-se, mas aos que quiseram ficar com ele ( para quem iremos nós? ) explicou que o espírito é que dá a vida, a carne não vale nada sem o espírito. E estes. seguiram-no.

Era uma sociedade em formação. Um grupo de pessoas que conseguira fugir do Egipto e ainda procurava estabilizar emoções, mesmo sem disso se aperceber, criar elos de vários géneros, encontrar-se, constituir núcleos afectivos, provavelmente adorar outros deuses...
É por isso que a carta de São Paulo lida hoje e que trata de aconselhar os Efésios quanto às relações marido-mulher, nos parece a nós, homens e mulheres do seculo XXI, exageradanente preconceituosa, mas talvez não fosse demasiado severa para aqueles que ainda desconheciam a reciprocidade do amor e do respeito . Creio que foi neste espírito que se achou por bem incluir esta carta na liturgia de hoje. Chamar a atenção para a verdadeira união exemplar, base de uma sociedade em que espírito e carne têm os seus lugares que certamente os foragidos do Egipto não saberiam ainda distinguir .

1 comentário:

Joana disse...

As Cartas de São Paulo são as minhas predilectas, sabia?

Quanta clarividência, sempre!




Jinhos.