Já vai sendo hábito eu vir lançar aqui as ideias que me assaltam durante ou a seguir às leituras de cada missa de Domingo. Às vezes acabam de nascer, outras vezes já as trago comigo há muito tempo,de outros Domingos, pois, como sabemos, há um repetir cíclico destas leituras, de acordo com uma definida sistematização. Ora hoje chegou a altura de, no Evangelho de São Marcos, aparecer um daqueles episódios que me vêm à cabeça muitas e muitas vezes, porque lhe acho graça e como não sei até que ponto aquela acção era um uso simbólico entre o povo ou teria sido criado por Jesus, na hora, para servir de símbolo dali para a frente, apetece-me tomá-lo para meu uso, algumas vezes,sempre com um sorriso, pensando quão espirituoso foi Jesus ao recomendar a sua prática aos Apóstolos que estava a enviar para o meio das gentes :«...e se algum lugar vos não receber, nem aí vos escutarem, ao sairdes de lá, sacudi o pó dos vossos pés, como testemunho contra eles.» Não esqueçamos que os Apóstolos não levavam nem sandálias, nem nada de bens materiais. Talvez, também por isso, até aquela espécie de pó não devesse maculá-los com o seu peso.Como já tínhamos visto na Profecia de Ezequiel, era perfeitamente expectável que a aceitação às prédicas de profetas e de apóstolos não fosse lá das maiores, mas verdadeiramente importante era que elas fossem feitas e sem choques ou imposições de prença activa...
No linguajar de hoje, dir-se-ia talvez que Jesus gostaria de falar soft e só em casos extremos saíria dessa postura.
E eu não deixo de recordar, água mole em pedra dura...dizemos nós,da sabedoria popular, mas que o povo foi buscar onde ? Ao sacudir de muito pó de muitos pés, de muitos outros apóstolos ?
1 comentário:
Soft. Nem mais. :))))))))
(O povo é de uma sabedoria desarmante, não é?)
Jinhos.
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