12 abril 2009

Pão Ázimo

Logo de manhã,com cuidado por causa da diferença horária,estive em frente da televisão porque procuro sempre não perder a transmissão das cerimónias no Vaticano que sei que vão dirigir-se urbi et orbi.Está sempre lindíssima a decoração daquela enorme esplanada frente à Basílica,com montões de flores e plantas verdes que a Holanda capricha em oferecer.E depois é todo aquele aparato de solenidade...
Não, não estou a falar de luxo.
Mas do cerimonial com que nesses dias os cristãos enfatizam
aquilo que deu o cariz verdadeiramente extraordinário às razões da sua fé. Claro que além de uma imensidão de público do mais heterogénio (quantos só turistas?) a figura central de tudo o que se ali passa é o Papa. E ouve-se, da sua sabedoria, que cremos divina, aquilo que nem sempre sabemos
interpretar ou por vezes aquilo que estava a faltar-nos como estímulo... Quantas vezes sem mesmo nos termos dado conta disso.
Hoje aprendi.Melhor: percebi.
Comi pela primeira vez PÃO ÁZIMO aquando da minha primeira viagem a Israel. Ao procurar saber como se fazia,explicaram-me que a única diferença para o nosso pão era apenas a de não levar fermento. E entendi porque era baixinho e maciço.Vim depois a comê-lo mais vezes sem nunca mais pensar no como era feito. Nunca tinha pensado que haveria uma relação entre ele e a História da minha fé.Quando oiço da boca do Papa «de tal modo a Páscoa é o partir para uma NOVA VIDA completamente nova, que até se deixou de fazer pão com o fermento, porque este tem que ser retirado de uma massa anterior e, por isso,velha». Não foram estas as palavras textuais, que não fixei. Mas foi esta a "novidade" para mim. Alguém me lembrou que há também uma explicação segundo a qual os judeus, ao fugirem precipitadamente do Egipto,não puderam dar tempo para fermentar ao pão que estavam a fazer...
Não teria nunca sabido isto de outra forma, creio bem.
Que mais coisas novas virão ainda acrescentar o que já sei, depois desta Páscoa da qual apenas esperava reforçar a minha solidez interior??? Banirei o fermento?

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá tia,
acabei de lhe tentar falar para lhe desejar uma óptima páscoa, mas não a consegui apanhar ;) por isso vim directa ao blog para conhecer a sua partilha de hoje... e por acaso essas duas justificações do pão ázimo ouvia-as e fazem tanto sentido, quer uma quer outra...(a do fermento representar o velho ouvi-a hoje pelo Pe Peter Stilwell.)

vamos então deixar o velho para tras e recomeçar nesta Páscoa em que JESUS ressuscita por SI e por MIM...

um beijo Amigo
Vera