Estávamos a chegar ao limite suportável de uma enorme semana com temperaturas ambientes a rondar as margens dos quarenta graus, sem noites refrescadas.
E acordámos sob um calor embaciado mais sufocante do que o soalheiro.
Foi depois que se soltaram os ventos...Alucinados, desarrumados,medonhos, ameaçadores. Duraram talvez um quarto de hora a enrolar e desenrolar ramos de árvores, plantas amadas das donas de casa, em suas varandas, janelas timidamente entreabertas, saias de muita roda de raparigas vistosas...enfim, um tumultuar tão louco quanto absolutamente fora de qualquer expectativa. E como o calor continuou durante e depois, o bicho-homem teve medo. Mas de quê? O certo é que este "bicho da terra tão pequeno" já nem sabe muito bem de que é que tem medo.
Tem medo. E é assim mesmo!
São tantas as tragédias meteorológicas do mundo com que nos vemos envolvidos, afligidos, sacudidos, presenciais, graças a todos os meios globalizantes que são o benefício deste progresso que, por várias vias ,nos vai matando aos poucos, que em vez de sermos mais sábios e precavidos, vamos tendo mais medos e cada vez nos valemos mais da esperança...
Mas quem pode resistir à volúpia do perfume quente da terra molhada, humedecida de fresco, quando acontecem coisas assim em pleno verão?
1 comentário:
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