Conta o Evangelho que, durante a última ceia que comia com os discípulos,Jesus se levantou da mesa, preparou-se, deitou água numa bacia e começou a lavar-lhes os pés,ajoelhado junto de cada um, enxugando-os depois com a toalha com que cingira a cintura. E foi Pedro que reagiu contra tal acto pelo que Jesus lhe terá dito:"Se eu não te lav ar os pés, não terás parte comigo". O que levou logo a que Pedro exclamasse "então,lava-me todo, cabeça e tudo "...
Desde sempre entendi que aquela expressão _ter parte com_se referia a algo que os uniria a todos, para além de tanto que tinham vivido juntos, para além daquilo a que hoje chamaríamos talvez camaradagem. Era mais união, intimidade. E parto sempre daqui para a AMIZADE.
Toda a rudeza daqueles homens que seguiram Jesus, talvez lhes não permitisse a sensibilidade para quanto os unira o viverem lado a lado o bom e o mau, as horas de cansaço e as horas de fraqueza, os fracassos e as alegrias, a fome e as sedes, os medos, os pés feridos, as surpresas...
Punham tudo em comum, sabiam os cuidados e os pequenos segredos de uns e outros...
E com todos os grandes e os pequenos momentos haviam construido algo a que só JESUS sabia dar um nome que lhes ensinou naquele gesto simbólico .
Claro que nós ,dois mil anos de sensibilidades apuradas, não pensamos assim a amizade.
Não " temos parte" com ninguém, porque somos amigos,sem partilha real e efectiva. Queremos amigos garantidos pela tecnologia, mas a distância entre nós todos é cada vez maior. Que sei eu do hora a hora, do silêncio ou do esgar com que reage ou chora o meu amigo, nos seus momentos a que nunca assisto ?
Para termos parte com alguém não deveriamos escolher outra palavra?
Percebemos quanto a palavra AMIGO vai estando gasta ?
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